A palavra “terapia” pode ser utilizada como sinônimo de tratamento. Várias são as ferramentas e técnicas voltadas para esse fim, e a música, enquanto linguagem expressiva e artística, pode ser uma delas, na chamada Musicoterapia. Esse tipo de prática terapêutica foi foco de uma ação do Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas Estrangeiras (Caale), realizada na última terça, 27, no campus de Vitória da Conquista.
A sessão de musicoterapia em língua inglesa, “Music Therapy Session”, foi conduzida pela professora do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários (Dell), Maria de Fátima de Almeida Baia. A docente, que atua na área de desenvolvimento da fala e aquisição de linguagem, contou que o interesse pela terapia por meio da música surgiu quando foi convidada para um evento para dialogar com estudiosos da Musicologia.
Após esse contato, ela se especializou e apresentou ao Departamento um projeto de extensão, que contempla a música também como expressão verbal. “A Musicoterapia é muito ampla. A nossa ferramenta é a música, mas não é só tocar e cantar. Tem toda uma literatura, tem um protocolo específico que a gente leva também para as sessões”, explicou.
A professora contou também como tem sido desenvolvida a área no país. “No Brasil, a Musicoterapia está muito ativa em hospitais. A gente tem também ela mais voltada para o trabalho e a que eu tenho enfatizado, que é voltada para mecanismos para desinibir, para expressão. Em Conquista, também já fiz atendimento na Associação de Integração do Deficiente (Acide), um trabalho com deficientes visuais voltado para o conhecimento, para a cura”, complementou.
A musicoterapeuta acredita que, com a atividade de extensão aberta à comunidade, a Uesb contribui para desmistificar a ideia que ainda se tem, em geral, da terapia. “O papel da universidade é muito importante, porque a nossa sociedade ainda carece de terapia. E ela ainda é um recurso caro ou, às vezes, visto com um certo preconceito, um certo medo. Além do ensino e da pesquisa, tudo que a gente faz tem que pensar no nosso bem-estar e no bem-estar dos demais. A Musicoterapia, como também outras abordagens terapêuticas, só tem a ajudar”, defendeu a professora.
Aprender por meio da música – Constantemente promovendo atividades voltadas para o contato, acesso, prática e aprendizagem de línguas estrangeiras para toda a comunidade, o Caale acolheu mais uma oportunidade de ter a música como facilitadora desse processo. Foi o que avaliou a professora Joceli Lima, uma das responsáveis pelo Centro.
“A gente já tem essa noção muito clara da importância, do valor que tem a música para o aprendizado de línguas e para a estimulação de fala. A proposta, para nós, soou muito interessante. A gente nunca teve uma atividade com esse formato aqui na Universidade. A nossa intenção com as atividades que realizamos aqui é realmente oferecer a extensão, disponível a toda a comunidade tanto da Universidade, quanto de fora da Universidade”, concluiu.