O tratamento de esgotos ainda é um problema na sociedade moderna. Direito previsto na Constituição Federal, o saneamento básico não é uma realidade para milhões de pessoas. Com o objetivo de difundir o conhecimento sobre a utilização, implantação e operação de um sistema que possa tratar e tornar possível o reúso de resíduos decorrentes das indústrias, esgotos e redes pluviais, de origem agropecuária ou doméstica, foi criado o projeto de extensão “Difusão de tecnologia (Wetlands construídos) para o tratamento e reúso de efluentes”.
O Projeto foi proposto e é coordenado pela discente Jamillys da Silva Sá Barreto, do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade, sob a orientação da professora Letícia Fernandes, do Departamento de Ciências Exatas e Naturais (Dcen). De acordo com a coordenadora, os wetlands correspondem a um sistema que utiliza um tanque, com matéria filtrante e plantas, e pode simular as condições encontradas em ecossistemas alagados. São sistemas naturais que funcionam para o tratamento de esgoto e não utilizam substâncias químicas.
A utilização desse sistema possibilita que as pessoas implementem essa tecnologia em suas propriedades e isso será útil para tratar os resíduos de esgotos e outras fontes, chamados de efluentes, melhorando a qualidade de vida da comunidade. Na Uesb, o modelo do sistema está sendo implantado em uma unidade de criação de jacarés, no campus de Itapetinga. Segundo a coordenadora, após o encerramento da ação, “o sistema de tratamento continuará funcionando e estará aberto para atividades de Educação Ambiental, visitas técnicas, pesquisa científica ou, até mesmo, outras edições do minicurso”.
Replicação do conhecimento – As atividades extensionistas têm o potencial de fazer com que o conhecimento produzido na academia ganhe o mundo e faça parte do dia a dia das pessoas, no sentido de melhorar a qualidade de vida. Com esse Projeto, haverá capacitação de um grupo específico para que o mesmo seja repetidor do conhecimento acadêmico aprendido, no sentido de repassar para o maior número de pessoas possíveis, melhorando, assim, as condições sanitárias da região.
Ainda neste ano, será realizado um minicurso destinado à comunidade acadêmica da Uesb e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBaiano), a membros de organizações não governamentais, grupos comunitários e produtores rurais. No minicurso, os participantes irão receber orientações teóricas e práticas para a construção dos wetlands.