O surgimento da Uesb está diretamente ligado à instalação das Faculdades de Formação de Professores, nos municípios de Jequié e Vitória da Conquista, na década de 1970. Com a implantação da Universidade, em 1980, a Uesb se tornou referência no interior quando o assunto é a formação de profissionais capacitados para atuar na Educação Básica.
Atualmente, a Uesb conta com 22 licenciaturas, em seus três campi, que todos os anos formam centenas de profissionais, sendo a principal responsável pela qualificação dos docentes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, na região Sudoeste da Bahia e Norte de Minas Gerais. Reforçando o seu compromisso com a educação de qualidade, desde os anos iniciais, a Universidade, por meio da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), vem construindo o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) de Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação.
Finalizando esse processo de construção, que começou em 2018, foi realizado nessa segunda, 9, no campus de Vitória da Conquista, o Seminário “Formação de Professores no Brasil: avanços, retrocessos e desafios”. De acordo com o professor Reginaldo Pereira, pró-reitor de Graduação, a ideia do evento foi debater com a comunidade acadêmica os princípios e as diretrizes da Resolução 002/2015, do Conselho Nacional de Educação, na qual está amparado o PPI da Uesb.
“A escrita e construção do PPI foi um ciclo muito importante, pois conseguimos discutir sobre a Política de Formação de Professores da Uesb, pensando as adequações curriculares dos nossos cursos para atender essa Resolução, que traz uma série de princípios, especialmente, da formação inicial e continuada, que precisam ser reafirmados”, destacou o pró-reitor.
A Resolução 002/2015 – Para conduzir os trabalhos do Seminário, foi convidado o professor Luiz Dourado, da Universidade Federal de Goiás (UFG), relator da Resolução. Segundo ele, o documento “traz um conjunto de elementos que são fundamentais para o novo desenho da formação de professores”.
O docente ressaltou que, além da proposta de articulação entre a formação inicial e a formação continuada, a Resolução considera a importância da valorização dos profissionais da Educação, envolvendo questões como carreira, salários e condições de trabalho. “Ela [a Resolução 002/2015] propõe um conjunto de eixos formativos a partir de uma sólida formação teórica interdisciplinar, articulação entre teoria e prática, um conhecimento da realidade, uma contextualização das instituições básicas e uma articulação das instituições de Educação Superior com a Educação Básica”, explicou o professor. “A Resolução recupera muito do que foi a produção docente nessas últimas décadas e sinaliza para uma formação crítica e emancipatória dos sujeitos profissionais da educação”, completou.
Segundo ele, isso implica em repensar a formação pedagógica, a segunda licenciatura e também a formação continuada. Nesse sentido, ele reforçou a importância da Universidade em construir o seu próprio PPI. “Pensar institucionalmente a formação que a Uesb já faz há vários anos é muito salutar por permitir o fortalecimento da identidade da formação nessa Instituição e, certamente, um repensar dos projetos políticos de cursos, como decorrência, além do projeto institucional, trazer novos elementos para o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)”, pontuou.