Curso de sabão oferecido para o Cras Felipe Achy, do município de Itambé
Transformar o conhecimento gerado dentro da Universidade em uma possibilidade de renda extra é um dos objetivos do projeto de extensão “Difusão do conhecimento gerado na Uesb”. Coordenado pelo professor Adriano Rezende, vinculado ao Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem (Dchel), a ação vem sendo realizada no campus de Itapetinga.
De acordo com o professor Adriano, para a realização do projeto foram prospectados professores com interesse em contribuir para o desenvolvimento de cursos simples e de fácil apropriação de conhecimento, que podem ser ministrados em um curto período de tempo, entre 4 e 6 horas de duração. “Nós juntamos professores que estão interessados em criar o material. Muitos deles já têm material de aula prática. Transformamos isso em um curso”, explica. Até então, já foram realizados diversas atividades nesse sentido, a exemplo do curso de sabão em barra e sorvete caseiro, licores, balas, entre outros.
Além disso, os cursos são fotografados e filmados e ficam disponíveis, gratuitamente, no site do projeto para que qualquer pessoa interessada tenha acesso. “A gente tenta deixar isso da maneira mais didática e clara possível para atender um perfil, que é de, principalmente, pessoas idosas, que não têm tanta afeição às questões tecnológicas”, complementa Adriano.
Usuários do Cras Felipe Achy de Itambé participam de curso de sabão em barra caseiro na Uesb
Parceria com a comunidade – Os usuários do Centro Social Urbano (CSU), em Itapetinga, são um dos beneficiários dos cursos oferecidos pelo projeto de extensão, que é ofertado para esse grupo sob demanda. “No CSU, eles manifestam o interesse e, se a gente tiver alguma competência, alguém com expertise aqui dentro, a gente vai correr atrás”, explica Adriano. Já os usuários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Felipe Achy, em Itambé, periodicamente, participam dos cursos oferecidos pelo projeto extensionista nos laboratórios da Universidade. Geralmente, os cursos são oferecidos uma vez ao mês ou a cada 15 dias, de acordo com o agendamento e disponibilidade dos professores.
Para Mirian Pacheco, coordenadora do Cras Felipe Achy e egressa do curso de Engenharia de Alimentos da Uesb, as oficinas são alternativas interessantes de complemento da renda para as mulheres que frequentam o Cras. “O que eu percebo é que as instituições públicas, muitas vezes, não sabem aproveitar as oportunidades que a Universidade oferece. Um projeto como esse, uma parceria como essa, é ganho para os dois lados. A Uesb tem uma infraestrutura excelente, que a gente não tem em Itambé, mas Itambé pode entrar com o material para ser utilizado e o ônibus. Uma coisa simples de acontecer. Então, esse projeto vem para apresentar as alternativas de renda, para ensinar como se produz, para ensinar quais são as práticas”, avalia.
Gilmara Brito, que faz uso dos serviços do Cras Felipe Achy, sempre que possível participa dos cursos oferecidos pelo projeto na Uesb. “Já tomei vários cursos. Já fiz curso de pães, de higiene, são tantos. Estou fazendo hoje esse de sabão, porque eu já faço sabão, mas vim me aperfeiçoar. Percebi que eu não sabia fazer sabão e estou aprendendo e estou amando”, comenta
Curso de sorvete caseiro no Núcleo de Extensão, Cultura, Esporte, Ciências e Tecnologias (Necect) da Uesb
Como surgiu – De acordo com Adriano, o projeto teve início no curso de Zootecnia, com a disciplina “Extensão Rural”, em que era necessário realizar atividade prática. No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, período em que foi adotado o distanciamento social como medida de prevenção à disseminação e ao contágio do vírus, foi adotado, a princípio, o formato digital, com a intenção de alcançar o máximo de pessoas possíveis. Nesse sentido, foram desenvolvidos manuais compactos, vídeos e cartilhas com orientações simples de cursos que ficam disponibilizados, de forma gratuita, no site do projeto.
Mas logo foi identificado o potencial dos outros cursos oferecidos no campus Juvino Oliveira de agregar conhecimento para a comunidade externa à Uesb. “Percebi que todos os cursos têm atividades práticas que são conhecimentos que podem extrapolar a sala de aula e serem usados por todo mundo, por toda a sociedade”, pontua. Assim, com o retorno das atividades presenciais, foi observada a necessidade do oferecimento dos cursos, também, no formato presencial.
Para conhecer mais sobre o projeto de extensão “Difusão do conhecimento gerado na Uesb”, acesse as redes sociais e os canais de comunicação oficiais do projeto: site, Instagram, Facebook, YouTube. Qualquer dúvida, entre em contato, também, pelo e-mail difusaodoconhecimento@uesb.edu.br.