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Com mais de 9.300 candidatos fazendo provas, o Vestibular Uesb 2026 encerra nesta segunda-feira, 1º. O tradicional processo seletivo, que teve a temática “onde o conhecimento encontra seu propósito”, contou com o trabalho de mais de 900 profissionais envolvidos nas mais diversas etapas, desde a elaboração da campanha até a fiscalização das salas e divulgação do resultado.
Realizado por muitas mãos, o trabalho não começa nos dias das provas. Desde o início do ano, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e a Comissão Permanente de Vestibular (Copeve) lideram um trabalho que envolve profissionais de diversos setores e áreas, e se estende por vários meses. “A gente tem todo o cuidado desde muito antes, toda a equipe nos bastidores desse processo até chegar o dia de acolher todos esses candidatos. Esse momento é tão esperado pela gente”, destaca Luanda Lopes, gerente de Acesso e Acompanhamento da Universidade.
Neste ano, foram realizados 235 atendimentos especializados nas três cidades, como solicitações para acompanhamento com ledor, tempo adicional, sala reduzida, entre outros. Mais de 6 mil candidatos concorrem pela Reserva de Vagas, destinada a estudantes de escola pública, o que corresponde a 49,95% dos inscritos.
A aplicação das provas mobiliza não só os campi da Uesb. Ao todo, são 27 locais de prova em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista, envolvendo outras escolas e faculdades da região. “Tudo ocorreu dentro da tranquilidade. O tema da redação, por exemplo, teve uma recepção positiva dos candidatos e da comunidade em geral, por ser uma temática atual, urgente e necessária. Então, ficamos felizes com todo esse trabalho coletivo que resultou no sucesso do nosso Vestibular”, avalia o professor Reginaldo Pereira, pró-reitor de Graduação da Uesb.

As provas acabaram. E agora, como lidar com a ansiedade? – Os candidatos enfrentam agora uma etapa que costuma ser tão desafiadora quanto o próprio Vestibular: a espera pelo resultado. Para muitos adolescentes e jovens adultos, que veem o exame como um dos momentos mais decisivos da vida, lidar com a expectativa pode ser difícil.
Ester Caetano sabe bem disso. Professora e candidata à segunda graduação em Pedagogia, ela decidiu prestar o Vestibular para aprimorar o próprio trabalho. Ao mesmo tempo, também incentivou seus alunos, que estão concluindo o Ensino Médio, a prestarem o Vestibular. “Como educadora, vejo como fundamental incentivar as pessoas a estarem aqui, nesse ambiente transformador”, afirma.
A docente conta que muitos não planejavam participar do processo seletivo, mas mudaram de ideia após conversas e trocas de experiências. Além disso, destaca que muitos estudantes carregam o Vestibular com muito peso, acreditando que o resultado define quem serão no futuro, o que aumenta a pressão nessa fase.
Nesse sentido, a psicóloga Amanda Oliveira, egressa da Uesb, explica que esse peso emocional se agrava quando toda a expectativa é depositada em um único objetivo. Para ela, saúde mental não significa ausência de problemas, mas equilíbrio entre diferentes áreas da vida. Ela compara esse equilíbrio a uma casa sustentada por vários pilares.

“Imagine morar em uma casa sustentada por apenas um pilar. Se esse pilar quebra, a casa desaba. Quando colocamos toda a nossa vida em um único pilar, como o Vestibular, a pressão se torna muito maior”, explica Amanda. Por isso, ela defende a importância de manter pilares como descanso, lazer, autocuidado e relações saudáveis.
Amanda explica que a ansiedade faz parte do funcionamento humano. É uma resposta biológica e evolutiva que prepara o corpo para lidar com situações importantes. Mas ela alerta para sinais de ansiedade disfuncional, como pensamentos acelerados, preocupações excessivas, tensão muscular, entre outros. “Esses sinais merecem atenção dos pais e responsáveis, especialmente quando se tornam frequentes ou começam a interferir no funcionamento diário”, aponta.
A psicóloga também chama atenção para o impacto da comparação entre candidatos, sobretudo em um contexto em que aprovações são amplamente divulgadas nas redes sociais e muitas vezes transformadas em competição. Para jovens que ainda constroem sua autoimagem, isso pode intensificar a sensação de cobrança e insuficiência.
Por isso, ela reforça a necessidade de acolhimento, comunicação clara e validação emocional nesse período. Segundo a psicóloga, o estudante precisa se perceber como muito mais do que um desempenho ou o resultado de uma prova.