A Reitoria deu início nessa segunda, 29, no campus de Itapetinga, ao Seminário de Avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) Uesb 2013-2017. O objetivo dos encontros é realizar estudos, levantamentos e proposições de metodologias e cronogramas com a comunidade acadêmica para subsidiar a elaboração do PDI 2019-2023. As reuniões também acontecem no campus de Jequié e Vitória da Conquista, nesta terça, 30, e quarta, 31, respectivamente.
O PDI é o principal instrumento de planejamento da Universidade, no qual estarão explicitadas as diretrizes pedagógicas, bem como as metas e ações do que se deseja alcançar enquanto instituição de ensino superior. De acordo com o reitor Luiz Otávio de Magalhães, pensar em estratégias, metas e objetivos são necessários para traçar um panorama possível de Universidade que se quer desenhar. “O PDI é o nosso instrumento obrigatório de ações acadêmicas e administrativas. Tendo em vista os objetivos da instituição, devemos ter um planejamento definido para nossas grandes áreas de graduação, pós-graduação, extensão, pesquisa, internacionalização e sustentabilidade”, afirmou.
Além disso, ele lembrou que essas reuniões nos três campi acontecem para avaliar o documento anterior – aquilo que foi e não foi realizado -, e, a partir disso, construir um novo planejamento, que deverá nortear as ações da instituição e a adequação orçamentária daquilo que foi traçado. Nesse primeiro encontro, houve a análise do documento anterior; a experiência da Uneb na elaboração do PDI, com a explanação do docente Ivan Luiz Novaes; e, o relato de experiência da servidora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Greiciele Morais.
A servidora explicou que o Plano de Desenvolvimento Institucional, o qual foi também ajudou a elaborar, teve o intuito de disseminar o conteúdo científico, social e cultural, além de contribuir na formação do profissional. “A construção do PDI da Ufop teve a participação da comunidade universitária e, com isso, buscamos elaborar um documento democrático e participativo, respeitando a diversidade”, relatou a servidora.
Já o docente da Uneb, Ivan Luiz Novaes, introduziu sua explanação com dados gerais e específicos da Bahia a respeito dos desafios do ensino superior público. Segundo ele, é preciso considerar a expressiva concorrência quando as instituições particulares – muitas delas internacionais – foram introduzidas nas cidades do interior da Bahia, impactando no número de discentes, evasão e redução de investimento nas universidades públicas. “Se observarmos os números trazidos pelo Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), veremos que, em 2017, na Bahia, são 88 instituições privadas de ensino superior e 4 universidades estaduais”, relatou o docente. Ao fazer a análise desse quadro, conforme explicou, é preciso traçar um PDI realista: “na Uneb, avaliamos o documento anterior e reduzimos metas e ações. Atualmente, nosso documento conta com 62 metas e 149 ações”.
A coordenadora de Planejamento Institucional da Uesb, Patrícia Gondim, lembrou que o PDI da Universidade deve ser uma construção coletiva, tanto da comunidade acadêmica quanto da comunidade externa. “O Plano direciona a instituição na elaboração de metas e indicadores de resultados, a curto, médio e longo prazo para desenvolvimento e crescimento da universidade”, concluiu.