Em um país com dimensões continentais como o Brasil, possibilitar que o ensino e a pesquisa cheguem ao interior é tornar o conhecimento coletivo e funcional. Com essa perspectiva, o Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM) envolve, atualmente, 14 universidades, que se estruturam para oferecer cursos de Mestrado e Doutorado em todas as regiões do país.
“Os programas de Bioquímica estavam concentrados, principalmente no Sul e Sudeste”, comentou a coordenadora geral do PMBqBM, a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Andrea Mara Macedo. “Nós temos alunos egressos de programas de alta qualidade, com experiências no exterior, que entravam em universidades no interior, mas não tinham como orientar. Então aquele talento, aquele investimento feito naquele professor, se perdia”, explicou.
A coordenadora participou nessa quinta, 5, da abertura do 2º Workshop do Programa Multicêntrico de Bioquímica e Biologia Molecular e 2º Curso de Atualização em Farmacologia Básica e Clínica, no campus de Vitória da Conquista. Para ela, a experiência da Uesb tem expressado a formação desejada pelo Programa. “A gente tem uma flexibilidade para abrigar diferenças dessas universidades, para valorizar os talentos e as competências locais”, destacou a professora.
Com sede na Sociedade Brasileira de Bioquímica, o PMBqBM conta com o suporte de programas com nível 6 e 7 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Ao mesmo tempo tem esse outro lado, dos programas mais consolidados de excelência internacional, que vão emprestar também a sua experiência, abrir os seus laboratórios para receber alunos, colaborar na orientação, fazer parte das bancas, dar sugestões”, lembrou a coordenadora.
O Workshop – Com mestrandos e doutorandos do Programa, a Uesb realiza o Workshop pela segunda vez. Em sua fala, na abertura do evento, a coordenadora local do PMBqBM, professora Janaína Freitas, salientou a importância do contato com outros polos que formam a rede de estudos da área.
“A razão desse encontro não é apenas a divulgação de produção científica regional como meio para desenvolvimento tecnológico e transformação social da nossa comunidade, mas também oportunizar uma discussão científica de alto nível como instrumento de formação acadêmica. Além disso, promover o intercâmbio de conhecimento entre as diferentes instituições de ensino superior e de pesquisa”, finalizou.