Em mais uma ação do Setembro Amarelo, a Uesb participou, na última quarta, 19, de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Vitória da Conquista. A iniciativa foi fruto de uma parceria entre a Universidade e o legislativo conquistense, e contou com a participação de atores sociais envolvidos com a realidade da Saúde Mental no município e de membros da comunidade acadêmica.
Responsável pela abertura da Audiência Pública, a professora Selma Matos, que está à frente da Assessoria de Acesso e Permanência Estudantil e Ações Afirmativas (AAPA) da Uesb, destacou a pluralidade de visões e profissionais presentes no evento, além do público atento e receptivo às reflexões propostas. “Nós realmente constatamos que esse é um tema que precisa ser debatido, precisa ser falado, porque temos índices alarmantes no país. A gente precisa enfrenta-lo a partir de atenção especializada àqueles que se encontram em sofrimento psíquico e de espaços de atendimento e políticas mais coletivas de valorização da vida, mudanças mais estruturadas da sociedade”, contextualizou.
A assessora lembrou que o encontro evidenciou a Uesb enquanto agente público com grande responsabilidade no sentido de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. “A Universidade é uma instância de diálogo, debate, produção de saberes que deverão estar a serviço da sociedade, a fim de devolver a ela o que tanto investe, porque a Universidade é pública, é de todos”, concluiu.
Citando o sociólogo e psicólogo social Émile Durkheim para tratar o tema, a professora Monalisa Barros, do Departamento de Ciências Naturais, foi uma das participantes da Universidade no debate. “De acordo com Durkheim, o suicídio é uma ruptura do laço social ou uma tentativa final desesperada de conseguir esse laço”.
Ela explicou ainda que o momento atual é marcado pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade e, nesse cenário, as estratégias humanas de enfrentamento encontram dificuldades. “Um problema multifatorial desse tamanho não pode ser resolvido com apenas uma ação, precisa de uma ação multifatorial, passa pela política pública de forma muito concreta”, disse.
Ações na Uesb – Segundo a assessora da AAPA, as discussões em torno do Setembro Amarelo repercutiram como um primeiro passo para a formação de uma rede de serviços de prevenção e promoção de saúde e bem-estar na Uesb. Para isso, um diagnóstico será realizado com vistas a organizar os serviços de saúde existentes na Universidade.