A ema é considerada uma das maiores aves ratitas do Brasil. Em sua fase adulta pode atingir até 1,70 metros de altura. Além disso, é bastante resiliente. Assim como o avestruz, animal conhecido por comer de tudo, inclusive, pedras, as emas também possuem essa característica peculiar. A sua dieta inclui a ingestão de pequenos mamíferos, roedores, até mesmo rãs e escorpiões. Esse comportamento alimentar contribui de forma significativa para a renovação de ecossistemas.
Recentemente, a Uesb, campus de Itapetinga, recebeu a doação de 19 emas, realizada pela Fazenda Trijunção, localizada no oeste baiano. A aquisição dos animais foi vinculada a Secretaria de Meio Ambiente de Itapetinga. Três casais da espécie estão em exposição no Parque Municipal do Zoológico da Matinha. O objetivo é que a Universidade trabalhe em conjunto com o zoológico na perspectiva da reprodução das emas.
Já os animais que ficaram na Universidade serão usados nas atividades de ensino e pesquisa. “Aqui na Uesb, temos a ideia de atender os diversos cursos de graduação. A nossa proposta também abrange a pesquisa comportamental, de reprodução e, principalmente, aspectos relacionados à nutrição”, explica o professor Dimas de Oliveira, coordenador do setor de animais silvestres.
Ainda conforme o professor Dimas, apesar das emas serem avistadas nas regiões de cerrado do território nacional e o seu status de conservação ser considerado estável, o avanço da agricultara tem contribuído para o desaparecimento desse animal em algumas localidades. Nesse sentido, a proposta é que, futuramente, seja possível atender projetos de refauna e, assim, contribuir com a recomposição de biomas onde as emas desapareceram e que guardam importância ecológica.
“Eu vejo ainda como possibilidade o uso desses animais para atenderem programas sociais de combate à pobreza e à fome. Acredito que um animal que produz ovos de aproximadamente 600 gramas pode vir a atender. Além da carne, que também pode ser usada para a alimentação”, conclui, professor Dimas.