Um importante passo em direção ao suporte no desenvolvimento do café na Bahia foi dado recentemente pela Uesb. Trata-se da inserção da Universidade como fundadora do Consórcio de Pesquisa Café, que faz parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Café. Com isso, a Instituição se torna a representante do órgão em todo o estado da Bahia, na cadeia produtiva cafeeira.
Essa parceria vem sendo realizada desde 1999, com a implantação do Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café. Porém, agora, a Instituição torna-se fundadora do projeto. De acordo com o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Café, Omar Rocha, essa nova etapa é fundamental, porque a Bahia é a quarta produtora de café no país. “A partir de agora, ao invés de a Uesb depender de decisões alheias com relação à região, ela vai fazer parte do quadro que vai tomar decisões sobre o que é importante pesquisar na cultura do café”, disse Rocha.
Novos desafios – Atualmente, são oito instituições em todo território nacional que fazem parte do Consórcio. A partir de agora, o papel que a Uesb assume está relacionado também à gestão dos projetos e, principalmente, à definição de estratégias que vão desde à aplicação dos recursos ao acompanhamento dos mesmos. Para o reitor, o professor Luís Otávio de Magalhães, esse passo significa um reconhecimento da importância Uesb enquanto instituição de pesquisa, planejamento, desenvolvimento, bem como uma forma de inserção com a comunidade, com a cadeia produtiva.
“[A Uesb] assume uma responsabilidade a mais. Além de todas as pesquisas desenvolvidas, passa a ter também uma responsabilidade regional e estadual e deve manter sempre atualizado um plano de investimentos para o desenvolvimento do café que ultrapassa a região. Então, exige fortalecimento dos contatos entre a equipe de pesquisa e os produtores de café”, pontuou o reitor.
Em relação às pesquisas, a professora do Departamento de Fitotecnia e Zootecnia (DFZ), Sandra Elizabeth Souza, salientou que essa parceria representa mais recursos para que a Instituição possa avançar em pesquisas na área de cafeicultura. “Temos uma região onde o déficit hídrico é muito grande, então, podemos fazer vários trabalhos na área de irrigação, na de atendimento ao pequeno produtor, nas adubações, na introdução de variedades com mais resistência à seca”, defendeu.