Organizado pelo Clube de Ciências Ciência Ativa, vinculado ao Laboratório de Divulgação Química do Sudoeste da Bahia (Ladiq), começou nesta terça, 22, o 1º Encontro Baiano de Clubes de Ciências. O evento tem como eixo temático “O conhecimento sem fronteiras: ao infinito e além!”.
Cerca de 80 participantes, entre professores da Uesb, graduandos de Química e Biologia, alunos de escolas públicas e privadas e palestrantes convidados dialogaram e conheceram a teoria e a prática de experimentos de áreas como Química, Física e Biologia. A programação do evento incluiu, em seus três dias, palestras, mesas-redondas, comunicações orais e oficinas.
A palestra inicial foi sobre “O despertar da força: clubes de ciências produzindo conhecimentos”, com a professora do Departamento de Ciências e Tecnologias, Siméia Cerqueira. “Percebemos que o Clube de Ciência pode incentivar muito os desejos dos alunos, pois proporciona estudar, pesquisar, envolver os jovens nas ciências e torná-los jovens pesquisadores. Nossa proposta é incentivar a cultura de clubes de ciências, pois há um potencial muito grande na formação e aprendizagem dos estudantes, tanto da educação básica quanto das licenciaturas”, disse a palestrante.
O discente de licenciatura em Química Ítalo Santos Silva já atuou como voluntário do Ladiq. Para ele, o 1º Encontro é importante e a temática diferenciada. “Além de ser uma abordagem da ciência criativa, é inovadora e chama atenção dos alunos a compreenderem de maneira diferente”, destacou Santos.
“Acho bastante importante esse encontro, que desperta os clubes das ciências porque o evento traz questionamentos do conteúdo que a gente vê nas disciplinas em sala de aula. O Clube de Ciências faz ciências na prática”, comparou o estudante Antonio Alves, que cursa licenciatura em Química.
O que são clubes de Ciência – A professora do Colégio da Polícia Militar de Goiás, Thaiza Montine também palestrou no Encontro, abordando o tema: “Difusão de clubes de Ciências: com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Ela fez um relato das experiências tanto de professora quanto de incentivadora de clubes de Ciências e mostrou como o projeto acontece no estado de Goiás. De acordo com ela, os clubes podem atuar não apenas em suas sedes, mas também, promovendo ações solidárias e de divulgação científica em vários tipos de ambientes, como escolas da educação básica, hospitais, shoppings, entre outros espaços.
A respeito do conteúdo a ser trabalhado, segundo Montine, o ideal é fazer atividades diferentes, com material para experimentos diversificados, exibição de filmes e com a participação intercalada com professores das áreas de Química, Física, Biologia e Matemática.”Quando a gente começou a trabalhar, utilizamos o filme ‘Homem de Ferro’ e desenhos animados, explorando a questão da radiação, por exemplo. Os alunos começaram a se interessar”, contou a professora.
Com relação à criação e difusão dos clubes, os primeiros requisitos são disponibilidades de horários dos professores, interesse dos alunos e espaços adequados para as reuniões. O clube Ciência Ativa da Uesb, por exemplo, tem encontros com alunos e jovens pesquisadores aos sábados, o que não atrapalha a carga horária de aulas regulares.