A Conferência contribui com a elaboração de um Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Com o objetivo de inserir a Bahia em um cenário de desenvolvimento social, econômico e sustentável por meio da ciência e tecnologia, estão sendo realizadas uma série de conferências no interior do estado. A ideia é dialogar com a comunidade para contribuir com a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como elaborar a Nova Política Estadual do setor.
Na manhã do dia 1º de março, a Uesb sediou a 5ª edição da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O evento, que fez parte de uma etapa macroterriotorial, buscou dialogar com a camada produtiva para entender quais as necessidades reais da população de cada território, tanto na cadeia produtiva quanto do empresariado e da academia.
O evento acontece em 11 regiões macroterritoriais no interior do estado
De acordo o secretário da CT&I, André Joazeiro, devido às rápidas mudanças que acontecem no setor, esse é um momento para rever muitas discussões dessa política iniciada em 2019. “Esse encontro é para revisar a política, pois ela vai ser base para o movimento nacional. Antes disso, haverá uma conferência no Nordeste e, como resultado, será feito um documento de política da região. Vamos levar isso para uma conferência nacional, para que o Governo Federal possa fazer a estratégia entendendo as necessidades de cada região”, explicou André.
Economicamente, essas discussões dão uma importância, também, para setores esquecidos e que possuem carência de tecnologia, como a agricultura familiar e os movimentos sociais. “Não deixaremos de lado o setor produtivo tradicional, mas daremos importância para esses segmentos, pois estão trabalhando como se tivessem em séculos passados”, afirmou o secretário. Ele ainda pontua que essa industrialização da agricultura familiar aumenta a renda e gera desenvolvimento.
Durante os grupos de trabalho, será analisado de que forma a Uesb irá contribuir com plano
A Uesb na discussão – A Universidade, ancorando as discussões, revela sua participação no ecossistema de pesquisa, ciência e inovação, dentro desse cenário de desenvolvimento social, como explica professor Robério Silva, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. Ainda de acordo com Silva: “essas contribuições são essenciais para a execução desse projeto, pois, no Brasil, pesquisa científica e inovação correm nas universidades dentro dos programas de pós-graduação”.
Trazer o diálogo para as regiões macroterritoriais também evidencia o quão foi importante a interiorização da ciência no estado, pois a base das discussões tem sido as instituições universitárias. Conforme o reitor da Uesb, professor Luiz Otávio de Magalhães, uma instituição do interior está pronta, devido aos trabalhos realizados no ensino, pesquisa e extensão, para dialogar com o poder público para captar recursos externos e dialogar com esses atores sociais.
O reitor ainda lembra que, desde sua formação, a Uesb assume o compromisso de formar agentes capazes de interferir socialmente. “O que temos nessa participação da Conferência é a transformação desse caminho em uma via de mão dupla. Agora, estamos abrindo a Universidade para ouvir as demandas sociais e entender qual tipo de ciência ela está precisando”, finaliza.