Certamente você já ouviu falar sobre alguma agência de fomento científico. CNPq, Fapesb, Capes, Finep estão entre os exemplos que podemos mencionar. Mas, você sabe para que elas servem, como atuam, qual importância e contribuição para o desenvolvimento da pesquisa científica nas universidades brasileiras?
De início, é importante saber que as agências de fomento são consideradas instituições ou entidades que visam o desenvolvimento do país através da concessão de financiamento à pesquisa, ciência e tecnologia. Os recursos buscam auxiliar os pesquisadores na aquisição de equipamentos e materiais de consumo que vão contribuir na produção das pesquisas.
O trabalho desenvolvido pelas agências de fomento não está restrito às Universidades. Setores como indústria, comércio, agronegócio, turismo e informática são exemplos de áreas que podem ser fomentadas. Um dos principais critérios utilizados na concessão das bolsas é o interesse público.
Por trás das siglas
Capes: a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é uma fundação vinculada ao Ministério da Educação do Brasil que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados brasileiros. Dentre suas atribuições, estão a avaliação da pós-graduação stricto sensu e investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior e a indução e fomento da formação inicial e continuada de professores para a Educação Básica. Conheça mais no site da Capes.
CNPq: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a pesquisa no país através de auxílios por editais. O Conselho também financia bolsas para o pesquisador, como a bolsa produtividade e, ainda, possui linhas de financiamento de bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior. Conheça mais no site do CNPq.
Fapesb: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia é a agência de indução e fomento à pesquisa e à inovação científica e tecnológica da Bahia, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Criada em 2001, a Fundação tem a finalidade de apoiar projetos de natureza científica, tecnológica e de inovação, que sejam considerados relevantes para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do estado. Conheça mais no site da Fapesb.
Finep: a Financiadora de Estudos e Projetos atua em toda a cadeia da inovação, com foco em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil. O principal objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social do país por meio do fomento público à ciência, à tecnologia e à inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. Conheça mais no site da Finep.
Iniciação Científica na Uesb – A Uesb possui cotas de bolsas de Iniciação Científica (IC) advindas de duas agências de fomento: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Através de assinatura de termos de concessão, a Universidade recebe as cotas de bolsas e, com isso, aumenta o número de bolsas de Iniciação Científica oferecidas pela Instituição”, explica Cleidiane Viana, subgerente de Pesquisa e Inovação da Uesb.
A forma de captação se dá por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) e da Gerência de Pesquisa e Inovação (GPI). De acordo com Cleidiane, 261 alunos da Uesb são beneficiados com as bolsas de Iniciação Científica da Fapesb e CNPq. Confira a distribuição no quadro abaixo:
No entanto, a subgerente destaca que, além das agências de fomento financiadoras, a Universidade também financia bolsas de Iniciação Científica com recursos próprios. Atualmente, a Instituição conta o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (Pibic) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
Cooperar com o desenvolvimento na área científica por meio da concessão de bolsas é fundamental para estimular que os estudantes se interessem pela carreira de pesquisador, além de valorizar a ciência. Assim, a Uesb reconhece a importância das agências de fomento e segue empenhada em aumentar o quantitativo de bolsas próprias. “Nosso objetivo é atingir mais discentes da graduação, os quais recebem a bolsa de IC e desenvolvem atividades de Iniciação Científica sob a orientação de professores, pesquisadores e coordenadores de projetos de pesquisa desenvolvidos na Instituição, contribuindo, assim, para o crescimento da pesquisa científica na Uesb”, conclui Cleidiane.