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Um único programa de pós-graduação, várias universidades públicas conceituadas para escolher: é isso que os programas interinstitucionais proporcionam para pesquisadores que desejam iniciar um mestrado ou doutorado. Surgidos através da parceria de duas ou mais instituições, eles oferecem as mesmas disciplinas em todas as universidades parceiras, garantindo mais flexibilidade e comodidade para os pesquisadores.
Na Uesb, temos dois programas interinstitucionais: o Programa de Pós-graduação em Educação Física (PPGef), que é uma parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc); e o Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD) que, além da Uesc, também é parceiro da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
O PPGef é o mais antigo dos dois programas. Tendo como área de concentração “Movimento Humano e Saúde”, ele tem suas raízes ainda em 2016, quando um grupo de docentes da Uesb e da Uesc realizou um Doutorado Interinstitucional entre as duas universidades.

Após o sucesso da iniciativa, nasceu a ideia de criar um programa de pós-graduação que, após algumas tentativas, foi concretizada em 2020, com a aprovação da Capes. As atividades tiveram início em 2021, com conclusões a partir de 2023 e, até o momento, 19 mestres já foram formados.
O professor Hector Munaro, coordenador do PPGef, conta que a proposta de um programa associativo surgiu também do fato de que as instituições, individualmente, não alcançavam os critérios necessários para a criação de programa de pós-graduação. Em conjunto, no entanto, os critérios foram atingidos.
Ele ainda acrescenta que “a principal vantagem é a soma de esforços na formação e uma maior alcance regional e mobilidade dos discentes e docentes”. Hoje em dia, inclusive, o programa também conta com professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). As inscrições são semestrais e regidas por editais.
Já o PPGD é o primeiro programa da Bahia a envolver as quatro universidades estaduais. Aprovado pela Capes em 2024 e tendo Direito, Cidadania e Territorialidades” como área de concentração, o programa atualmente está em fase de seleção para formação da primeira turma.

O professor Luciano Tourinho, coordenador do PPGD, explica que “ao englobar as quatro universidades participantes, o programa fortalece a cooperação interinstitucional e amplia a diversidade de perspectivas acadêmicas”, além de permitir que a produção acadêmica promova o avanço do conhecimento em nível nacional.
O PPGD adota um modelo de rodízio de sede entre as instituições, o que ajuda a fortalecer a colaboração do programa, além de aproveitar com eficiência a infraestrutura de cada instituição. Com isso, “se fomenta uma rede acadêmica sólida, interdisciplinar e plural, capaz de potencializar a qualidade da pesquisa em Direito e de consolidar a Bahia como referência nacional em estudos jurídicos voltados à cidadania e às territorialidades”, explica Luciano.
O modelo associativo e a descentralização do conhecimento
O modelo associativo pode ser muito positivo para os programas de pós-graduação que os adotam, pois promove a descentralização dos cursos em uma determinada instituição ou região. “Ao funcionar de modo descentralizado, o programa promove maior capilaridade acadêmica, garantindo que diferentes regiões sejam contempladas com oportunidades de formação stricto sensu”, explica Tourinho.
Além disso, o formato ainda ajuda na democratização do acesso, da pesquisa e da produção científica, levando esses conteúdos a diversas localidades e integrando conhecimentos amplos em um mesmo projeto de formação. A seleção é feita através de editais, e o diploma é emitido pela Universidade escolhida pelo aluno no momento da inscrição.
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