Na tarde da última segunda, 15, foi realizada a palestra “Translanguaging: contribuições e desafios para a educação linguística crítica”, proferida pela professora Cláudia Hilsdorf, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A atividade foi uma realização do Programa de Pós-Graduação em Letras: Cultura, Educação e Linguagens (PPGCel), com o apoio do Centro de Aprendizagem Autônoma de Línguas Estrangeiras (Caale).
O tema central da palestra foi a translinguagem, que visa fomentar uma reflexão sobre as práticas de linguagem no processo de construção de sentido. De acordo com a palestrante, o objetivo da abordagem foi “refletir como a orientação que a gente chama de translíngue pode contribuir para uma educação linguística mais crítica, mais transgressiva, que ajude a repensar o mundo e as relações humanas, sempre num enfoque pautado pela justiça social”.
Além do translinguimos, outro tema trazido para a discussão foi a educação com base no afeto, que, para Hilsdorf, “a gente precisa trazer mais para as práticas educativas a reflexão sobre aquilo que a gente sente, sobre como esses afetos se transformam em potência de agir e como a gente pode agir, de forma que seja mais justa para um coletivo”. Diante de tantos impasses vivenciados nas salas de aula, o afeto, talvez, seja uma forma de buscar intensificar as relações humanas, nesses espaços.
O professor Diógenes Cândido, organizador da ação, falou o quanto as pessoas presentes se interessaram em um conceito que é relativamente novo, a translinguagem, e de como os participantes reagiram à abordagem do tema pela professora convidada. “Muitas pessoas ainda não têm muito conhecimento ou muita leitura a respeito da temática, mas eu percebi um interesse muito grande”, ressaltou o professor ao observar que as pessoas “ficaram muito felizes de ela trazer essa visão mais humanística da linguística ou da linguística aplicada, mais especificamente”.